Estou fumando para não ouvir
vocês. Do lado de fora ainda parece ter esperanças. Olho para a rua e está tudo
tão vazio. São apenas 21:16 mas não há ninguém nessa cidade vazia. Num lugar
distante um rio corre e grilos gritam. Me sinto uma idiota por ter imaginado
tanta coisa que nunca vai acontecer. Meu coração está quebrado por idiotices.
Não falo nada, deixo você aproveitar. O que eu poderia fazer? Brigar? Fazer
papel de idiota? Não éramos um casal propriamente dito, foi só um dia, uma
tarde, uns 20 minutos, isso não é nada. Sou apenas uma criança tentando ser
mulher. E foi uma tentativa falha, pelo visto. Não serei boa para você, não
serei boa para ninguém, eu não sou nada. Apenas mais uma pessoa afogada em
esperanças tolas.
Seguir o coração pode ser
pular de um abismo onde você sabe que no final, só sobrará restos de você. Mas
foi isso que ele resolveu fazer. Não queria ser mais tão racional, sentia sono
com seus próprios pensamentos, ele precisava de aventuras, de coisas novas, de
adrenalina. E é por isso ele foi em direção ao seu próprio abismo. Foram bons
anos aqueles, aqueles em que ele andava para a ponta do abismo. Os sorrisos não
eram falsos, eram verdadeiros, e por mais que tudo parecia estar perfeito, da
maneira que ele sempre imaginou que serie, ele não percebia que chegava cada
vez mais perto do fim, do seu fim. E quando a ponta do abismo desapareceu
debaixo dos seus pés, ele sorriu sinceramente por mais uma vez, pois sentia-se
voando e deixando todos os problemas e tristezas para trás.
Marcadores:
Desvaneios
Assinar:
Postagens (Atom)