Eu tiro meus óculos de leitura
e é quando eles podem ver. Ao redor dos olhos, olheiras. Ainda claras, em
formação, manchadas de rímel da noite passada. Mas é dentro dos olhos que eles
podem ver.
A verdade tão clara, que cega.
Pequenos olhos marrons, tão comuns, mergulhados em flashes rápidos demais para
se acompanhar.
É tão ridículo perceber que
eles não conseguem ler as mensagens ali tão claras. São pequenos alienados,
afinal. Ou será eu a alienada?
Revejo minhas cenas, os
flashes, e lá no fundo da minha mente uma voz tenta sobrepor o controle,
dizendo o que eles não conseguem ler.
- Hey! Dói ser usada para ter
alguns momentos de glória. Nesse jogo não há anestesia.
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