Através do espelho eu via seus olhos, negros como a noite, a sua verdadeira face. Ela não me segurava, mas eu me sentia preso no lugar, com os pés pregados ao chão.
O que era aquele lugar? Os moveis que em algum outro dia poderiam ter feito parte de um design perfeito, hoje estavam todos destroçados, menos o espelho. O espelho estava com todo o seu esplendor intacto, o aro todo entalhado em rosas de bronze.
O sorriso que eu via em seu rosto não era mais o mesmo. Aquela beleza sombria me encarava com um sorriso de desdém.
Seus lábios formaram as palavras: “Adeus Henry”. E veio em minha direção.
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