Conheci uma garota uma vez numa cafeteria bebendo um grande copo de café, ela lia um dos livros de Mario Vargas Llosa e ouvia musicas em seu mp3 velho. O mundo corria ao seu redor, mas o mundo dela era só aquele que envolvia seu café, seu livro e suas musicas. Eventualmente ela parava para trocar a musica que passava, mas nada mais que isso. A observei a tarde toda em que esteve ali, bebendo cafés e ocasionalmente rindo com o livro, parecia algo vindo de outro mundo, contrastando tanto com a vida nesse século XXI. Após ir embora eu fui para minha casa. Cheguei, olhei no espelho, observando as olheiras embaixo de meus olhos e pensei: Por quê eu não consigo fugir da realidade e entrar em um mundo só meu como fez aquela moça na cafeteria? A resposta para essa pergunta eu nunca tive, mas eu ainda procuro a moça da cafeteria todo dia para perguntar-lhe a resposta.

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