A noite a beira de Copacabana estava vazia, vazia apenas pra mim, afinal, o lugar estava apinhado de pessoas. Eu estava sentado em um dos bancos do calçadão, apenas observando o movimento. Não estava esperando nada além da monotonia para a noite. Até que a vi. Ela não era a mulher mais linda que eu tinha visto, mas tinha sua beleza. Ela era exótica ali, com sua pele cor de leite e os olhos claros. Mas tudo nela me atraia, desde seus delicados pés, as cascatas ruivas de seus cabelos. Eu nunca a havia visto, eu não me esqueceria de uma pessoa daquelas, mas parecia que eu a conhecia a mais tempo, parecia que eu vivi a minha vida toda a espera dela. Ela não olhou pra mim. Passou direto, sem nem notar minha presença. Mas a beleza dela já fez meu coração encher-se de alegria. E isso bastaria por esta noite, porque nas noites que se seguirão eu não descansarei até que a tenha visto mais uma vez, ou que sabe saber teu doce nome para nas profundezas de meus sonhos atemporais chamá-la.

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